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terça-feira, 19 de abril de 2016

{RESENHA} Fortaleza Digital - Dan Brown

Susan Fletcher está empolgada: ela e o noivo, David, irão viajar no fim de semana. Porém, David liga para ela adiando o passeio e prometendo explicar tudo mais tarde. Como se não bastasse o desapontamento, a brilhante criptógrafa e matemática da Agencia Nacional de Segurança, é convocada a comparecer no Departamento de Criptografia em pleno sábado. Segundo o vice-diretor, trata-se de uma emergência. A Agência Nacional de Segurança - NSA - é uma organização governamental criada para proteger o país, para isso, intercepta ligações, e-mails e mensagens que podem representar ameaça aos EUA.

O motivo do chamado urgente é um código indecifrável que está rodando no TRANSLTR há mais de 15 horas. O TRANSLTR é um super computador, construído para decodificar mensagens cifradas e assim proteger os cidadãos americanos de possíveis ataques terroristas. 

O código inquebrável fora criado por um ex-funcionário da NSA, Ensei Tankado, que não concorda com muitas das atitudes da agência. Ele quer que a organização pare de negar que possui o computador, isso é, assumir para o país que possuí o TRANSLTR, em troca disponibilizará a chave que interrompe a leitura do código. Porém, a ambição de algumas pessoas poderá ser maior do que apenas parar o Fortaleza Digital, colocando em risco a vida de muitas pessoas, incluindo Susan e o noivo, David, que se encontra na Espanha sendo perseguido por um mercenário.

Foto: Lu Garcia

Minha Percepção - Ao ler os primeiros capítulos, achei o livro um pouco chato e monótono, acredito que essa impressão se deu pelo conhecimento quase nulo que possuo em criptografia e informática avançada, pois estes não são os assuntos mais fáceis de se compreender. Porém, essa situação mudou quando o autor começou a introduzir um mistério em torno do sumiço de um anel cujo, a priori, acredita-se estar entalhado com a chave ou senha para acessar o Fortaleza Digital.

No geral, eu gostei e recomendo este livro cujo é a primeira obra literária de Dan Brown. Mesmo que este não seja o melhor dos títulos do autor, podemos perceber o talento nato em sua escrita, sempre coerente, enigmático, cheio de incógnitas, segredos e gente mal intencionada. Um fato que achei muito legal fora a fonte de pesquisa para o exemplar: dois ex-agentes da NSA, o que tornou a aventura muito real. Aliás, como todas as narrações dele são!

Embora o livro tenha sido lançado em 1998 nos EUA, o conflito entre a privacidade dos usuários da Internet e a segurança nacional ainda é um tema muito atual, mesmo após quase 20 anos. Em meio a tanta tecnologia, softwares cada vez mais velozes e Apps de mensagens, as empresas de comunicação se deparam com a obrigação de proteger a privacidade dos clientes e o dever  de colaborar com a segurança do país...

terça-feira, 12 de abril de 2016

{RESENHA} Ponto de Impacto - Dan Brown

Rachel Sexton, agente do Escritório Nacional de Reconhecimento (NRO), recebe um chamado urgente e inesperado do diretor da organização, William Pickering. Ele quer avisá-la que o Presidente dos Estados Unidos solicitou uma reunião pessoal com Rachel e pedir para que sua subordinada seja cautelosa, pois acredita que esse encontro não passa de uma manobra politica numa tentativa de usar Rachel a favor de sua campanha eleitoral, uma vez que ela é filha do senador e também candidato a presidência, Sedgewick Sexton.

O senador Sexton baseia sua campanha em ataques contra a NASA, acusando a agência espacial de gastar bilhões em projetos mal sucedidos e sem serventia, enfatizando que é a população, o contribuinte americano, que arca com todos esses prejuízos através do pagamento de impostos. Essa tática funciona e acerta em cheio os eleitores.

Foto: Lu Garcia

Mas essa situação está prestes a mudar, pois um novo satélite da NASA, programado para medir a densidade do gelo, detecta uma anomalia sessenta metros abaixo da superfície da plataforma de gelo Milne, no Ártico. Uma equipe é imediatamente enviada para a geleira a fim de apurar do que se trata e descobrem que há ali um meteorito com 190 milhões de anos. Mais do que isso: a rocha contém exoesqueletos de isópodes fossilizados, o que provaria a existência de vida extraterrestre.

Porém, ao fazer alguns testes para descobrir se há possibilidade de conter água salgada congelada na geleira, Rachel e três cientistas civis (que não tem ligação com o governo ou com a agência) descobrem indícios de fraude, colocando em dúvida a identidade e a autenticidade do meteorito. É neste momento que o grupo sofre o primeiro ataque executado pela Força Delta, a mando do misterioso Controlador. Suas vidas transformam-se em um caos na tentativa de sobreviver e desvendar os segredos por trás daquela revelação.

Minha Percepção - Todos os cinco títulos de Dan Brown que li até então começam de uma forma muito impactante, talvez é um artificio do autor para deixar os leitores curiosos e boquiabertos. O fato é que dá certo! Ponto de Impacto começa com uma situação em que três homens obrigam um geólogo a passar uma mensagem por rádio numa frequência impossível de captar, em seguida levam-no para um helicóptero e o atiram lá de cima... A priori parece algo sem motivações aparentes e quem lê fica se perguntando: "Mas porque?"

Os capítulos que falam sobre o senador são desprezíveis! É aquele típico político que passa por cima de tudo para ser eleito, mente, manipula, usa desgraças da própria família para conseguir votos de simpatia, etc. É uma criatura sem escrúpulos, oportunista  e muito escrota! O autor confunde o leitor o tempo todo persuadindo-o a acreditar que já sabe quem é o Controlador. Eu já havia me decidido quanto a pessoa por trás de todos esses transtornos, porém um comentário de meu marido (que leu muito antes de mim) fez com que eu parasse para refletir e as coisas ficaram claras... O Controlador era a última pessoa que me passaria pela cabeça...

terça-feira, 5 de abril de 2016

{RESENHA} Inferno - Dan Brown

"Os lugares mais sombrios do Inferno são reservados
àqueles que se mantiveram 
neutros em tempos de crise moral."

O renomado professor e simbologista da Universidade de Harvard, Robert Langdon, acorda desorientado num hospital em Florença sem entender como fora parar ali. Ele não consegue se recordar dos acontecimentos das últimas 36 horas e nem porque há um ferimento à bala em sua cabeça. Quando acredita serem essas as únicas surpresas, é atacado por uma mulher dentro do hospital mas escapa com a ajuda da médica Sienna Brooks.

Clique aqui para ver Anjos e Demônios - Dan Brown.

Mas nada é tão ruim que não possa piorar... Isso mesmo! Robert liga para o consulado americano pedindo ajuda mas ao invés de proteção o governo envia alguém para mata-lo.

Foto: Lu Garcia

Sienna acredita ter descoberto porque querem livrar-se do professor: escondido no bolso de seu paletó, há um objeto cilíndrico de metal com um desenho impresso. Como estudioso de iconografia, Langdon reconhece o desenho, imediatamente, como sendo o simbolo que alerta para "risco biológico". É um tubo usado para transportar substâncias biológicas perigosas. Porém dentro dele, ao invés de um vírus letal, há uma imagem da obra de arte conhecida como "O Mapa do Inferno" de Botticelli, pintura inspirada no Inferno de Dante.


Minha Percepção - Como pode-se concluir, Dan Brown baseou-se no Inferno de Dante para escolher o título de sua própria obra. Mais do que isso, esta parte da Divina Comédia está presente durante o enredo todo do livro. Conforme os capítulos passam descobrimos que nem tudo é o que parece... O autor sabe lançar mão de artimanhas que nos convencem de que estamos julgando os fatos corretamente, mas eis que no desfecho final ele nos prova que as aparências enganam e que estávamos errados o tempo todo.

Na minha opinião é um livro bem interessante, principalmente se você já for um leitor assíduo do Dan Brown ou que já esta habituado as manias do professor Langdon. Se você não gostou de títulos anteriores do autor, dificilmente ira gostar deste, pois a fórmula é a mesma das demais: segredos, intrigas, pistas cifradas, contexto religioso, fatos históricos, fugas, monumentos e obras de arte. Ah e o fato - um pouquinho irritante - do professor se interessando por toda mulher que o auxilia em cada aventura...

Sobre o filme: É bom, mas (de novo) fizeram mudanças q não gostei - o final não é como no livro - e, sinceramente, o desfecho de Dan Brown foi muito mais surpreendente...

domingo, 3 de abril de 2016

{RESENHA} O Simbolo Perdido - Dan Brown

Se você já leu ou assistiu O Código Da Vinci, sabe muito bem quem é Robert Langdon: simbologista, professor na Universidade de Harvard e conhecido pela autoria de livros sobre religiões. Em plena manhã de domingo, Robert recebe um chamado urgente de seu mentor Peter Solomon pedindo-o que vá a Washington naquela mesma noite palestrar sobre os símbolos maçônicos. O professor não gosta da ideia mas vai mesmo assim. No entanto, ao chegar no Capitólio dos Estados Unidos surpreende-se com o que encontra.


Mal'akh é iniciado em um ritual maçônico. Mas os motivos que o levaram a essa decisão não são os mesmos compartilhados pelos outros irmãos. Ele infiltrara-se na irmandade acreditando na existência de um tesouro, escondido pelos fundadores da capital americana, capaz de dar poderes sobrenaturais a quem o possuir. Seu objetivo é descobrir o local exato onde o segredo maçom fora enterrado em Washington. Para conseguir o que quer, Mal'akh não poupará esforços, mesmo que isso signifique cometer muitas atrocidades e crueldades. Munido de muita astúcia e inteligência, ele sequestrará o Venerável Mestre e atrairá Robert Langdon para a cidade, pois o professor é o único com conhecimento suficiente para ler os símbolos maçônicos que revelam o segredo.

Minha Percepção - Li a edição especial ilustrada. Isso torna a leitura mais dinâmica além de favorecer a compreensão dos fatos, ainda mais para quem não conhece os locais, obras de arte, e monumentos que integram os cenários do livro. As imagens me despertaram a vontade de conhecer pessoalmente o Capitólio dos Estados Unidos, A Rotunda, A Biblioteca do Congresso, os Museus Smithsoniam, A Casa do Templo... tanta coisa interessante nesse mundo afora, não acham?
No inicio do exemplar há uma página esclarecendo que determinados acontecimentos, documentos, organizações, rituais, obras, monumentos e informações cientificas são fatos reais. Acho isso muito bacana! Outra característica de Dan Brown é a forma com que escreve seus romances, dividindo os capítulos como se fossem partes de um roteiro para filme (e isso deve facilitar muito a vida dos roteiristas e diretores de cinema - já que três dos mais famosos livros do escritor foram parar nas nossas telinhas). São ficções muito proveitosas uma vez que o autor aborda temas verídicos e relevantes. Há muitas curiosidades sobre as religiões em geral e sobre a história da arte.

sábado, 2 de abril de 2016

{RESENHA} O Código Da Vinci - Dan Brown

Já passa da meia noite quando Robert Langdon recebe uma ligação da recepção do hotel onde está hospedado em Paris. Há um tenente da Diretoria Central da Policia Judiciária querendo conversar com o professor sobre Jacques Sounière, curador do Louvre. O diretor do museu havia marcado um encontro com Langdon naquela mesma noite, mas para sua decepção, ele não comparecera.

Clique aqui para ver Anjos e Demônios - Dan Brown.

O curador é encontrado morto dentro do museu em uma cena bizarra: completamente nu, está deitado dentro de um circulo, apresenta um pentagrama desenhado no abdome e há mensagens cifradas escritas no piso juntamente com uma serie de números desordenados. Não sendo o suficiente, tudo isso fora feito com sangue, ou melhor, Jacques Sounière fez isso consigo mesmo, com o próprio sangue. Agora, a DCPJ quer que o professor ajude-os a decifrar os códigos e símbolos deixados pelo curador em seus últimos minutos de vida.

Clique aqui para ver O Símbolo Perdido - Dan Brown.

Foto: Lu Garcia

O que Langdon ainda não sabe é que se tornou o suspeito número 1 da polícia francesa. O capitão Fache está convicto quanto ao envolvimento do professor no assassino de Sounière. É neste momento que surge Sophie Neveu, criptógrafa e neta da vítima, para ajudar o simbologista. Os dois percorrem as ruas de Paris em busca de respostas para aquele mistério e ao mesmo tempo precisam ser cuidadosos, pois ambos tornam-se foragidos da justiça e têm suas fotografias divulgadas em todas as mídias do país.

Clique aqui para ver Inferno Dan Brown.

Minha Percepção - Este foi o primeiro livro do Dan Brown que li. Antes disso, já havia assistido o filme, com mesmo título, baseado na obra literária. Acreditava que isso pudesse interferir na compreensão dos fatos e logo no Prólogo essa falsa impressão desmanchou-se. O filme foi quase que totalmente fiel ao livro, não fosse pelas cenas detalhadas e meticulosas que o autor apresenta em cada capitulo de forma fantástica. Vale ressaltar que todo o livro (cerca de 420 páginas) contempla apenas um único dia de Langdon e Sophie. O enredo engloba assuntos como a religião católica, antigos manuscritos da época de Jesus (os evangelhos), obras de arte (em especial as de Leonardo Da Vinci), sociedades secretas (como o Priorado de Sião e o Opus Dei) além fazer menção ao Santo Graal, alvo de muitas outras ficções como, por exemplo, o filme Indiana Jone e a Última Cruzada.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

{RESENHA} Anjos e Demônios - Dan Brown

Robert Langdon desperta assustado com o toque do telefone, no outro lado da linha, Maximilian Kohler, físico de Partículas Discretas do CERN, alega ter algo muito grave para mostrar ao professor, que imediatamente rejeita a oferta para desvendar o que quer que seja. Insistente, Kohler envia-lhe uma fotografia por fax que convence Langdon a se envolver no caso: Leonardo Vetra, físico e padre católico, fora encontrado morto em seu apartamento, na Suíça. Seu corpo, fora marcado com o ambigrama de uma seita secreta muita conhecida por Robert: os Ilumitati.

Ambigrama é a representação gráfica de uma palavra que pode ser lida mesmo quando rotacionada 180º mantendo fonema e forma originais.

Iluminati significa "os esclarecidos", eram uma antiga sociedade composta por físicos, matemáticos e astrônomos que promoviam encontros confidenciais dedicados à busca da verdade científica. Tinham como inimigo mortal a Igreja, que os perseguia impiedosamente. Hoje esta organização não existe mais.


Foto: Lu Garcia

Leonardo Vetra vinha trabalhando em sigilo no seu laboratório, com a filha Vittoria, na tentativa de criar antimatéria. Com o auxílio do LHC, o Grande Colisor de Hádrons, ele conseguiu. 

O assassino de Leonardo, que se auto define um Iluminati, roubou o tubo de antimatéria e pretende explodi-lo na Cidade do Vaticano a fim de vingar-se por todas as perseguições e crimes cometidos pela Igreja contra os cientistas no passado. E ele não poderia ter escolhido um dia mais importante para pôr em prática o plano: as vésperas do conclave que irá eleger um novo Papa. Antes disso, porém, ele sequestrará os quatro preferiti à eleição, ameaçando matá-los um a um com intervalo de 1 hora.

Clique aqui para ver O Símbolo Perdido Dan Brown.

Só pra gente entender: a antimatéria é muito instável e explode quando em contato com qualquer outra substância, até mesmo com o ar. Sendo que um grama dela equivale a 20 quilotons, este era o tamanho da bomba que devastou Hiroshima na Segunda Guerra Mundial.

Clique aqui para ver Inferno - Dan Brown.

Robert Langdon e Vittoria Vetra precisarão unir o conhecimento de um à experiência do outro para vencer este inimigo oculto pela sombra dos Iluminati. Ou eles detêm este homem ou morrerão juntamente com a sede da religião cristã.

Minha Percepção - Ao contrário do que muitos acreditam, esta é a primeira aventura do famoso professor de Simbologia de Harvard em vez de O Código Da Vinci. Antes de iniciarmos com a leitura o autor contempla-nos com mapas da Roma Moderna e da Cidade do Vaticano para que possamos interagir com os fatos expostos a cada capitulo. Há partes engraçadas na narração (embora haja ali uma tragédia) onde Langdon sente-se um pouco perdido e deslocado, pois ciência não é exatamente sua área e acaba cometendo algumas "gafes científicas".

Já havia assistido ao filme muito antes de ler o livro. Fato é que não me recordava da maior parte das cenas e conforme ia lendo não conseguia relacionar os acontecimentos com o filme. Então assisti novamente para falar do assunto com mais propriedade. Começo afirmando que o livro dá de 100 a 0 no filme! Acho que os roteiristas deveriam ter aproveitado melhor os detalhes criados por Dan Brown. E isso não significa que o filme é ruim. No filme a ordem dos acontecimentos é alterada, sem problemas, pois entendo que há a necessidade da adaptação. Mas não gostei de alguns detalhes que foram substituídos, como por exemplo, o criador da antimatéria não é Leonardo Vetra e sim um tal de "Silvano" (oi né?!) ele não é pai de Vittoria e sim um colega de pesquisa. O professor Langdon é procurado pessoalmente e por um membro do Vaticano (fala sério) e não do CERN. O que mais me "tapou de nojo" foi a parte do ambigrama, no livro é a fotografia do corpo de Vetra queimado a ferro e no filme uma reles folha de oficio com o desenho impresso (que emocionante...). E juro que não entendi por que trocaram também o nome do camerlengo do Papa!!

Sinceramente, o inicio do filme é de longe menos atrativo e empolgante se comparado com a obra original do escritor. Eu poderia ficar escrevendo páginas e páginas de coisas que trocaram no filme, mas seria sem relevância. Então, leia Anjos e Demônios e assista ao filme e tire suas próprias conclusões.

Bjxx e até a próxima.