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domingo, 20 de agosto de 2017

{RESENHA} Hush, Hush: Finale - Becca Fitzpatrick

Com a morte do Mão Negra, o exército dos nefilins encontra-se desorientado sem saber como seguir adiante nos preparativos da guerra contra os anjos caídos, mesmo estando consciente de que Nora é a nova comandante e, portanto, devem obediência a ela. O fato é que eles não a aceitam, nem compreendem como Hank Millar passaria uma missão tão importante para uma adolescente que nada conhece sobre a causa e que fora transformada em uma nefilim, ou seja, não nasceu como eles e nem merece essa identificação.


Além disso, eles não confiam nela, afinal a garota se relaciona amorosamente com um anjo caído! E isso é um absurdo, levando em consideração que eles são inimigos naturais. A solução que Nora e Patch encontram é mentir, fingindo uma briga em público para que o rompimento do namoro se espalhe rapidamente e convença, principalmente!

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Desse modo, ambos tentarão impedir que a batalha ocorra: de um lado Nora faz de conta que lidera e do outro Patch recolhe informações que podem ser relevantes para a namorada. Lembrando que ela fez um juramento (foi coagida por seu pai biológico) que resultará na sua morte - e na de sua mãe - se ela desistir ou for destituída do cargo de líder dos nefilins, sem falar que o Cheshvan está muito próximo e isso está exaltando os ânimos do exército.

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Foto: Lu Garcia

Com exceção de Scott, Nora conquista outro aliado dentro da sociedade, Dante Matterazzi, que a está treinando e também apresentando a ela uma super bebidinha... azul... feita com as artes do mal... é que Dante acredita na guerra e quer lutar - vencer também - mesmo que isso signifique recorrer as artes do mal. O rapaz é importante para o grupo e super estimado dentro do círculo nefilim, sem mencionar que, se eles pudessem escolher, Dante seria eleito o novo líder. Na realidade, eles podem! É isso que Nora deve evitar ou... morre.

Minha Percepção - Minha opinião sobre a saga não se alterou muito desde que li Sussurro, o primeiro volume da série. O enredo não me impressionou, embora seja uma história com potencial e até mesmo bem criativa. Em Sussurro, Crescendo e Silêncio, as melhores partes, para mim, foram o Prólogo e o Epílogo. Enquanto o primeiro despertava em mim a curiosidade sobre a trama, o segundo me tirava o ar dos pulmões por alguns segundos, o que me deixava ávida pelo próximo título.

Por isso Finale me decepcionou, salientando que o melhor da série é o terceiro livro (a ironia é que quase tudo o que a Nora redescobria, eu leitora, já sabia e mesmo estando "a par" da trama, achei-o melhor dentre os quatro). Voltando para Finale, adorei a parte sobre o traidor infiltrado no exército de Hank, achei uma boa sacada a parte final antagonizada por Marcie, considerei (SUPER) desnecessário o tal "segredinho" que Vee guardou de Nora, detestei a morte de um personagem que eu gostava e tinha em alta conta (mesmo que isso tenha dado maior realidade ao confronto). E quem tem cabeça para pensar em sexo depois de ver alguém importante ser assassinado? Só uma pessoa insensível que, na verdade, não se importa com quem morreu para salvá-lo. FALA SÉRIO!!

Pela primeira vez o Epílogo me chocou, no pior sentido da palavra, , porque não deu tempo nem de lamentar as baixas da guerra, Becca nem esperou "os corpos esfriarem" e pulou para a parte final com um belo dia de sol e casamento...OI? Se fosse eu a vítima ia querer, pelo menos, um pouquinho mais de consideração pela minha memória... Talvez a decepção seja culpa minha uma vez que criei muita expectativa em torno na conclusão de Hush, Hush. Afinal, como disse Antoine de Saint-Exupéry no clássico O Pequeno Príncipe, é preciso exigir de cada um o que cada um pode dar!

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

{RESENHA} Hush, Hush: Silêncio - Becca Fitzpatrick

Nora acorda desorientada no meio da noite dentro do cemitério de Coldwater sem saber como fora parar ali ou porque. A única coisa fazendo companhia para ela é a estranha sensação de perigo iminente, como se alguém a estivesse perseguindo ou precisasse fugir de uma situação ameaçadora. Passos ecoam entre os túmulos, o que faz seu medo crescer ainda mais, no entanto, trata-se apenas do vigia que a reconhece dos noticiários e promessas de pagamento de recompensa - oferecida por Hank Millar - a quem encontrá-la.

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Acontece que Nora estava desaparecida havia três meses, isso significa que já estão no outono e que ela perdeu boa parte do verão, fora isso ela perdeu completamente todas as lembranças dos últimos cinco meses. O pânico causado pelo choque da realidade faz com que a garota entre em desespero e acabe perdendo a consciência.

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No hospital, reencontra a mãe e recebe o diagnóstico médico: amnésia retrógrada. Em outras palavras, ela não lembra de Chauncey, Rixon, Scott e... Patch; não sabe quem são os anjos caídos e muito menos o que é um nefilim; esqueceu sobre os fatos de sua paternidade e do perigoso Mão Negra que está presente em sua vida cotidianamente sem ela nem ter ideia disso. Sem contar que deverá encarar os olhares curiosos e mal disfarçados da escola toda, se não da cidade inteira e ainda engolir o namorado da mãe - ninguém mais ninguém menos do que Hank, o pai da patricinha insuportável, Marcie Millar, sua arqui-inimiga.

Foto: Lu Garcia

Ao passo que precisa retomar sua vida e tentar descobri o que aconteceu com ela nos últimos meses, Nora luta contra uma sensação estranha e ao mesmo tempo confortável: lampejos da cor preta que invadem seus pensamentos como se tivesse a intenção de interagir com a garota e também visões sobrenaturais, o que ela explica baseando-se em seu problema de memória. No meio dessa confusão ela (re) encontra Jev e se apaixona - outra vez. Ela está convicta de que já se conhecem e que tiveram uma relação especial, pois existe intimidade entre eles. Embora o garoto exija que ela se afaste e enterre de vez o passado cujo não se recorda, sua presença instiga Nora a procurar pela verdade e algo nele acusa-o de saber o que realmente aconteceu com ela.

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Minha Percepção - Quem leu Crescendo deve ter ficado avido por este volume devido ao final impactante do segundo titulo da série! Afinal, quem diria que o Mão Negra é o... enfim, é um livro com pouca novidade, uma vez que nós, leitores de Hush, Hush, sabemos quem sequestrou Nora, sabemos o que ocorreu no Delphic, e não é novidade nenhuma as (re)descobertas que a garota faz sobre a guerra entre os nefilins e anjos caídos. Porém, ao contrário do que possa parecer, este tipo de narração não ficou chata e arrastada, eu mesma tive vontade de entrar na trama só para contar logo sobre os perigos que ela estava correndo...

O que me irritou aqui foi a mãe retardada dela aceitando tudo como o Hank queria, além de Vee escondendo detalhes da melhor amiga (aff). Ainda assim este é o melhor dos três livros por enquanto (na minha opinião) e fico me perguntando como será o fim de toda essa bagunça?! Novamente o final, para mim, foi a melhor parte do todo. Outra vez Becca surpreende e nos deixa com vontade de partir com tudo para a próxima leitura.


segunda-feira, 10 de julho de 2017

{RESENHA} Hush, Hush: Crescendo - Becca Fitzpatrick

Tudo está normal na vida de Nora, não no nível que costumava ser antes de conhecer Patch, mas considerando suas últimas experiências pode-se dizer que sim. Ele agora é um anjo da guarda, sendo uma de suas tarefas proteger a garota. Mesmo assim, as coisas não estão tão boas como parecem, uma vez que os arcanjos não confiam no ex-anjo caído e pretendem vigiá-lo de perto para castigá-lo no menor deslize. Preciso dizer que o envolvimento romântico dos dois é algo expressamente proibido e passível de punição?

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Logo, bastam duas coisas para abalar a felicidade de Nora: a reação pouco reciproca de Patch quando ela se declara para ele; e Marcie Millar com sua língua venenosa. Já para Vee as coisas estão indo muito bem, principalmente agora que está saindo com Rixom (pois é, o melhor amigo de Patch e também anjo caído). Ou seja, tudo perfeito: eles são companheiros de longa data e elas best friends forever... Só que não! Pois as brigas entre Nora e seu anjo da guarda estão cada vez mais constantes, tudo pela insegurança alimentada pela repentina aproximação dele com Marcie. Qual é a do garoto afinal??

Foto: Lu Garcia

Como nada é tão ruim que não pode piorar ainda mais, ressurge na vida de Nora um colega dos tempos da infância que adorava atormentá-la chamado Scott Parnell, o inconveniente é a mãe dela armando um jantar para aproximá-los com a expectativa de os tornar um casal (já que ela detesta Patch). O que Blythe não imagina é que o misteriosos rapaz sabe mais do que diz sobre a morte de seu marido, o pai de Nora. Fato é que a distância entre a garota e Patch representa um perigo iminente, pois há quem ambiciona por isso, uma vez que sem a vigilância de seu anjo da guarda ela se torna presa fácil e desprotegida, quem a quer é o responsável pelo assassinato de Harrison Grey.

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Minha Percepção - Crescendo é o segundo título da série Hush, Hush, cuja trama é melhor construída e apresentada em comparação ao primeiro volume. No entanto, mantenho a impressão de que não passa de uma "leitura pela leitura" (e isso não é ruim), quero dizer, não há grandes reflexões que possam ser aproveitadas em nossas ações cotidianas. Na verdade, neste livro consegui vislumbrar um pouco de preconceito imbuído em alguns diálogos, embora sutilmente abordado, onde nefilins detestam os anjos caídos (não é para menos) e vice-versa, como se a condição definisse o caráter do ser. Patch e Scott representam cada time, têm seus defeitos como todos temos e isso não os faz vilões, de modo algum.

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Novamente, as melhores partes do enredo para mim foram o prólogo (que mostra uma situação vivida pelo pai de Nora e que me fez acreditar que ele estava vivo, se escondendo de algo) e o final de arrancar o fôlego (onde Nora finalmente conhece o Mão Negra). Devo acrescentar que este volume traz a tona a misteriosa morte de Harrison Grey, revelando o(s) culpado(s) e suas motivações. Além disso, dois personagens se destacam aqui: a metidinha da Marcie, irritante e superficial como sempre, se agarrando em Patch, infernizando Nora e aparecendo nos locais mais inusitados para uma filhinha de papai; o outro é Rixom que se aproxima de Vee e está em várias cenas também.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

{RESENHA} Hush, Hush: Sussurro - Becca Fitzpatrick

Nora Grey e Vee sky são melhores amigas, trabalham no eZine da escola e são parceiras nas aulas de biologia. Ou melhor, eram parceiras, pois quase no fim do período letivo o professor decide reorganizar as duplas. Agora o companheiro de Nora é Patch, o aluno novo, e uma coisa tão trivial assim será capaz de transformar sua vida, seus dias nunca mais serão os mesmos. Enquanto ela nada sabe sobre o misteriosos garoto de olhos negros, ele parece conhecê-la nos mínimos detalhes, o que a assusta e a atraí ao mesmo tempo.

Foto: Lu Garcia

Certa noite, após uma ida ao cinema com Vee, Nora dirige para a casa de fazenda, num local retirado da cidade, mais isolado e que costuma ter neblina ao escurecer, quando atropela um homem usando uma máscara de esquiador (obviamente para não ser reconhecido). Porém, ele não está machucado, ele a observa e parte para o ataque destruindo o carro com as próprias mãos. O mais impressionante, no entanto, é que na manhã seguinte está tudo intacto, sem indícios que acusem ter havido um atropelamento ou um agressor... Seria tudo uma imaginação da mente cansada da garota?

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As amigas começam a acreditar que Patch anda seguindo Nora, uma vez que ele aparece  nos lugares onde ela menos espera, e que representa uma ameaça iminente, então decidem bancar as detetives e iniciam as investigações. Em lugar de respostas encontram mais perguntas. A cisma com o rapaz aumenta significativamente quando Vee é agredida por alguém que usava uma máscara de esquiador enquanto ela vestia as roupas de Nora e é hospitalizada. Nada consegue persuadi-la de que o culpado é Patch, já para a amiga o responsável pode ser Eliot, outro aluno novo que fora investigado como o principal suspeito de um assassinato na sua antiga escola.

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A verdade é que Nora está no meio de uma batalha que começou muitos séculos antes de ela nascer. Ressentimento e sede por vingança a qualquer preço são o que movem a trama na qual fora envolvida sem querer.

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Minha Percepção - Sussurro é o primeiro volume da série Hush, Hush e também a estreia literária de Becca Fitzpatrick, cujo prólogo narra um evento que ocorre em 1565 onde um rapaz chamado Chauncey é coagido a jurar fidelidade a um jovem desconhecido e com duas grandes cicatrizes nas costas em forma de um V de cabeça para baixo (sinal de que se trata de um anjo caído). Logo compreendi que este fato teria ligação ou influência no desfecho da história, como a leitura comprovou. Só para constar, o prólogo é bem elaborado e uma das melhores partes do livro.

Sobre o enredo, confesso que não apreciei num primeiro momento. Tive a impressão de estar lendo uma fusão de Crepúsculo com Cidade dos Ossos, só que piorada, tanto que confundi a Nora com a Clary que possuem uma personalidade bem semelhante, (salientando que adoro a saga da Stephenie Meyer e os Instrumentos Mortais da Cassandra Clare). No entanto, conforme a história se desenrolava, consegui terminar a leitura de forma mais receptiva e até gostar de certas situações, por isso mesmo, continuarei lendo os demais livros da série e espero que sejam mais envolventes a ponto de me surpreender fazendo com que eu melhore minha opinião sobre o romance.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

{RESENHA} Os Instrumentos Mortais: Cidade do Fogo Celestial - Cassandra Clare

Jonathan Morgenstern (Sebastian como deseja ser chamado) está atacando os Institutos a fim de recrutar Caçadores de Sombras para seu exército maligno forçando-os a beber o liquido negro do Cálice Infernal, que é o inverso equivalente do Cálice Mortal. Enquanto neste fora administrado sangue de anjo para a criação de uma raça que garantiria a segurança dos mundanos contra demônios e seres do submundo, o Cálice Infernal de Sebastian contém sangue de Lilith e transforma os Nephilim em Crepusculares, ou seja, em criaturas demoníacas obedientes a ele.

Clique aqui para ver Cidade dos Ossos.

Assim, no caso de uma guerra, o garoto tem todas as chances de vencer a seu favor, pois sua tropa é mais veloz e forte do que os descendentes de Jonathan Caçadores de Sombras, usam armas de origem demoníacas e os corpos possuem marcas diferentes das do Livro Gray. Mas a batalha só ocorrerá se a Clave não se render a suas condições: beber do Cálice voluntariamente.

Clique aqui para ver Cidade das Cinzas.

Foto: Lu Garcia

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Temendo - até mesmo esperando - novos ataques do filho de Valentim aos Institutos que ainda não sofreram a invasão, a Clave ordena evacuação imediata de todos os Caçadores de Sombra, que deverão se reunir em Alicante, onde estarão seguros e poderão debater sobre os próximos passos de Sebastian e as formas de derrotá-lo. A retirada dos Nephilim só foi possível graças a um grupo de crianças sobreviventes ao atentado no Instituto de Los Angeles que contaram o que viram a Consulesa. As quais se destacam Emma Carstair e Julian Blacktorn (eles são os protagonistas da trilogia Os Artifícios das Trevas).

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A pedido da namorada, Jace fez algumas sessões de meditação com Jordan a fim de tentar controlar o Fogo Celestial que corre em suas veias e que parece não querer outro receptáculo a não ser o corpo do garoto. Todos sabem que a única chance de vitória contra Sebastian (que já não pode mais ser ferido por nenhuma arma de guerra forjada na Cidadela Adamant) é o Fogo Celestial. O problema é que Jace não tem o menor domínio sobre este dom, sendo que a mínima emoção pode desencadear seu poder, queimando qualquer coisa que ele toque, podendo ser fatal para ele próprio.

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Minha Percepção - Embora Cidade do Fogo Celestial seja a conclusão da série de estreia Os Instrumentos Mortais da Cassandra Clare, minha sensação é de que não houve, exatamente, um fim, como se existissem outros títulos para completar a saga. Por exemplo, como leitora fiquei curiosa para saber quais são os segredos de Magnus Bane, os quais só Alec fica sabendo através daquele livrinho; E quanto a nova condição de Simon, será que se lembrou de tudo? Será que se deu bem na nova função?

Baseada nestas curiosidades, pesquisei as outras publicações literárias da escritora e descobri que além do Códex ela escreveu uma trilogia com Emma sendo a protagonista, um livro com as redescobertas de Simon e crônicas do feiticeiro. Fiquei louca pra comprar, evidentemente (e resenhar). Só para constar: meu favorito continua sendo o terceiro (Cidade de Vidro); o que a Clave impõe a Helen demonstra que não aprenderam a lição; é uma excelente série; achei muito irritante a expressão "não é como se" que há nos seis volumes e que praticamente todos os adolescentes pronunciam e até Magnus com seus mais de 400 anos; mal acabei de ler e já estou com saudade de todos eles (menos de Valentim e Sebastian).

{RESENHA} Os Instrumentos Mortais: Cidade das Almas Perdidas - Cassandra Clare

Depois de toda a confusão com o demônio Lilith, Clary deixara Jace sozinho no terraço do prédio por apenas cinco minutos; quando retornou para buscá-lo, o namorado havia desaparecido e o corpo de Sebastian também não estava em parte alguma. Só o que ela viu fora muito sangue e vidro estilhaçado... Agora a garota está sendo investigada pela Clave, a qual tem por objetivo apurar o envolvimento da menina nos acontecimentos, ou seja, mesmo que tenha a intenção de mentir, ela não poderá pois a Clave tem a Espada Mortal.

Clique aqui para ver Cidade dos Ossos.

Foto: Lu Garcia

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Clarissa detesta a ideia de precisar recorrer a Rainha das Fadas, porém desta vez terá de engolir o orgulho e a antipatia que sente por Seelie e pedir auxílio a ela em prol de descobrir como e onde encontrar Jace. A Caçadora de Sombras tem consciência de que a Rainha não faz favores e ela está disposta a retribuir pela ajuda, mesmo que isso signifique roubar um objeto do Instituto de Nova Iorque. É justamente durante a tentativa do furto que ela o flagra, lindo como sempre, saudável, corado e com um comportamento impensável, como num sonho, ou melhor pesadelo: onde Jace e Sebastian demonstram empatia um pelo outro, como se fossem bons amigos, colegas, parceiros...

Clique aqui para ver Cidade de Vidro.

Enquanto Clary e os Lightwood estão angustiados por causa do sumiço de Jace, o relacionamento de Alec e Magnus vai de mal a pior; continua instável por conta da insegurança do Nephilim em relação a imortalidade do feiticeiro e os segredos que este se recusa a dividir com o namorado. A intranquilidade do rapaz se acentua ainda mais com os comentários cruéis da Rainha Seelie que não mede esforços para "pisar no calo alheio", o que fará Alec dar ouvidos a ardilosa vampira Camille que alega saber um modo de transformá-lo em um imortal sem precisar pertencer ao submundo... e até mesmo fazer de Magnus um mortal como ele...

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Não se pode falar o mesmo de Maia e Jordan que parecem estar acertando os ponteiros e tentando deixar os fantasmas do passado para trás constituindo uma nova história a partir de agora. Ao que tudo indica, a garota perdoou o lobisomem por tê-la infectado - propositalmente - com o vírus da Licantropia; o que o deixa aliviado, uma vez que ele realmente se importa e se arrepende da atitude egoísta e traiçoeira.

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Minha Percepção - Cidade das Almas Perdidas é o quinto volume da série Os Instrumentos Mortais e supera o título anterior (Cidade dos Anjos Caídos) em vários quesitos como o inicio triste para o Simon, onde sua própria mãe o quer longe, o detesta, não o reconhece como filho e o temor de que a Marca de Cain possa ir contra ela. Ou seja, de cara, já no epilogo existe ação e o coração se acelera de curiosidade. Depois em relação ao Jace, claro, afinal só quem leu o quarto livro - cujo final fora de prender a respiração - estaria avido por este. Só para constar: este não me causou tantos baques cardíacos como o terceiro volume da saga.

Não demora muito para o leitor se deparar com o "retorno" do garoto, porém ele está diferente e ao mesmo tempo igual; é o Jace sem ser... uma loucura! O mais surpreendente para mim, no entanto, é o modo como o Sebastian se comporta, confesso que senti uma pontinha de culpa por odiá-lo e até condolência por ele, afinal fora rejeitado por mãe, pai, irmãos... Pela primeira vez, tive a impressão de que o garoto pode mudar; o que deixaria Clary e Jocelyn super felizes, não acham? Mas será mesmo verdade? Leia e descubra!

domingo, 7 de maio de 2017

{RESENHA} Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Anjos Caídos - Cassandra Clare

Raphael, o líder substituto do clã de Vampiros de Nova Iorque, parou de perseguir Simon ao descobri que ele carrega a Marca de Cain, não por respeito, mas por medo da maldição. Agora quem está em seu encalço é a sedutora Camille, a qual o faz várias promessas, o contrário do colega que só fez ameaças. Excetuando-se o fato de a mãe estar agindo com desconfiança em relação a ele e do impasse com suas duas namoradas, sua vida está tranquila, para os padrões de um Diurno. Mas quando se é parte do Submundo, problemas de verdade tendem a bater na porta, literalmente, primeiro quando começa a ser atacado por pessoas encapuzadas, depois, ao receber bilhetes anônimos ameaçando pessoas próximas a ele. Sem citar o terror de Simon ao testemunhar a Marca de Cain em ação, o pavor ao descobri o que ela faz com seus malfeitores. O que ele esperava afinal? É a vingança se voltando sete vezes contra o agressor.

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Foto: Lu Garcia

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Clary largou a escola mundana para se dedicar aos estudos dignos de uma Nephilim, incluindo treinos físicos e artes marciais; por enquanto, Jace é seu instrutor. No entanto, as coisas não vão bem entre o casal, o garoto anda distante, parece evitá-la, mesmo após momentos românticos e beijos ardentes... o que está deixando a garota confusa e chateada. Ela não sabe, no entanto, que ele está sendo perturbado por pesadelos horrorosos que o visitam sempre que ele adormece, nesses sonhos Jace ataca a namorada com uma adaga, assassinando-a... e olha que sem saber disso, Jocelyn já desgosta do futuro genro. Alec e Magnus também estão tendo sua primeira discussão de relacionamento... Parece que o único casal em paz é Luke e Jocelyn que estão planejando o casamento.

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Depois da morte de Valentim e Sebastiam o que todos esperam é um pouco de sossego ou as atribulação corriqueiras. Porém, corpos de Caçadores de Sombras assassinados estão sendo encontrados nos territórios dos membros do Submundo, justo agora que os novos Acordos foram assinados e que cada grupo ganhou o direito de ocupar uma cadeira no Conselho...

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Minha Percepção - Depois de ler A Cidade de Vidro, o que eu esperava da saga era um desempenho semelhante, o que não ocorreu. Não estou querendo dizer que este titulo é ruim, mas não se iguala e nem supera o terceiro volume da série Os Instrumentos Mortais. No geral, o enredo é focado no Simon, sobre sua nova vida (ou morte), sobre seu comportamento - "inadequado" para um vampiro - e as primeiras "perdas" do garoto, ou seja, as desvantagens de ser do Submundo. Além, é claro, de mais informações sobre a tal Marca de Cain, o que já digo: ok, protege o menino mas não achei grande coisa.

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A história ganha corpo mesmo quando a Clary descobre a Igreja de Talto, bem esquisita, me arrepiei só de ler a descrição do que ela vislumbrou lá dentro. É uma especie de templo para cultuar demônios... A Rainha Seelie também dá o ar da graça nesse livro, bem insistente, arrogante e irritante com suas verdades pela metade! Mas se for para chegar na última página e ler o que li, sim, vale muito a pena. O final é surpreendente, quando pensamos que esta tudo bem, tudo resolvido, vem a Cassandra e nos prega uma bela peça...

quarta-feira, 12 de abril de 2017

{RESENHA} Os Instrumentos Mortais: Cidade de Vidro - Cassandra Clare

Finalmente Clary tem uma pista sobre como acordar a mãe do coma, sendo que seu primeiro passo é encontrar um feiticeiro chamado Ragnor Fell, para isso, será necessário ir até Idris, o país dos Caçadores de Sombras. Porém, Jace não a quer lá, pois teme que uma guerra esteja próxima, além de desconfiar do interesse da Clave em sua irmã, ainda mais depois de testemunhar o que os poderes dela são capazes de fazer... Ele fará de tudo para impedi-la, no entanto, a garota é determinada e dará seu jeito de entrar em Alicante (capital de Idris), vale lembrar que transpor as fronteiras da cidade sem autorização da Clave é crime e usar um portal por conta própria pode ser muito perigosos, para não dizer mortal.

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Os Lightwood já estão cheios de coisas com que se preocupar, a mais recente é estarem respondendo o porque de terem trazido consigo uma Criança Noturna, já que seres do Submundo não são bem vindos, nem permitidos na Cidade de Vidro (apelido de Alicante devido as Torres Demoníacas que se parecem com vidro). Apesar de que, é a deixa para que o novo Inquisidor investigue as peculiaridades que fazem de Simom um Diurno, uma vez que vampiros não suportam a luz do sol... Então, ele o encarcera, na prisão do Gard sem que a família de Jace saiba...

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Foto: Lu Garcia

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Clary, certa de que o melhor amigo está seguro em Nova Iorque, começa sua busca com o auxilio de um novo amigo, Sebastian Verlac, que parece bastante interessado nela e sempre disposto a ajudá-la. E mais do que descobrir como salvar a mãe, ela encontrará respostas sobre o terrível passado sombrio de seu irmão e o porque foram denominados "os experimentos de Valentim" pela Rainha Seelie.

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Enquanto isso, Valentim se prepara para a batalha; o fato de possuir o Cálice Mortal e a Espada da Alma já o fazem o Caçador de Sombras mais poderoso. Porém, ele quer mais, ele quer o terceiro Instrumento Mortal: O Espelho, o qual está perdido em algum lugar de Idris... O vilão afirma que sabe o modo de derrubar as barreiras das Torres Demoníacas, o que a Clave duvida, já que para isso é necessário derramar sangue de demônio nas barreiras de dentro da cidade, mas como as Torres impedem os mesmos de entrar, acaba sendo um paradoxo. Será um blefe de Valentim a fim de conseguir a rendição da Clave através do medo? Valentim não parece ser o tipo que faz joguinhos...

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Minha Percepção: Este é o terceiro volume da série Os Instrumentos Mortais e, na minha opinião, o melhor (por enquanto, são seis livros ao todo). Tenho muitos motivos para que Cidade de Vidro seja o meu queridinho, os mais fortes são: o fato de conhecer a terra natal dos Nephilim; a história do passado de Jace e Clary; e a entrada de Sebastian no enredo. Os motivos secundários (além da ficção) são: a possibilidade de reflexão sobre preconceito, inveja, sentimento de superioridade e demais mesquinharias que nos cercam diariamente mesmo que sejamos apenas mundanos... Quero dizer, Valentim detesta os seres do Submundo por se considerar melhor, nobre, especial, etc. Ao passo que sente inveja por não ter a mesma resistência física, força ou velocidade dos vampiros, lobisomens, fadas e feiticeiros. Pensemos nisso para não tornar-mo-nos como ele! Bjxx

sexta-feira, 7 de abril de 2017

{RESENHA} Os Instrumentos Mortais: Cidade das Cinzas - Cassandra Clare

Clary ficou sabendo de algumas histórias sobre o passado da mãe, coisas que ela não queria aceitar, como o parentesco com Jace e Valentim, seu irmão e seu pai, respectivamente. Viver sua vida de antigamente, ser uma mundana como sempre fora, era tudo o que ela gostaria, mesmo sabendo que isso é impossível, principalmente por fazer parte do Mundo das Sombras... Ela não só detesta como também não reconhece o impiedoso ex-Caçador de Sombras como pai, e esse nem é um problema considerando que sua mãe está em coma e que combate com todas as forças os sentimentos românticos pelo próprio irmão...

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Foto: Lu Garcia

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Jace Wayland (ou melhor, Morgenstern) também tem seus infortúnios, descobrir que é filho de Valentim não é o pior deles, embora sejam consequências deste fato. A relação com a mãe adotiva , Maryse Lightwood, anda tensa, ela o acusa de saber que nunca fora um Wayland e de estar servindo como um espião a Valentim nos últimos sete anos. Também por esta novidade, a Clave encarrega a Inquisidora Imogen Herondale para investigar o garoto e puni-lo no caso de cumplicidade com o pai. Será que elas tem razão?

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Não fosse o bastante, alguém está matando e drenando o sangue de jovens do Submundo. Mas quem está fazendo isso, será Valentim, que os abomina tanto quanto aos demônios? Qual o objetivo do assassino? É possível que estas mortes estejam relacionadas com o roubo do segundo Instrumento Mortal, a Espada da Alma? Cassandra Clare mostra (já mostrou) que nada é impossível no Mundo de Sombras...

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Minha Percepção -  Pois é galera, Cidade das Cinzas é um livro bom, o qual o enredo se desenvolve sem resolver muita coisa, quero dizer, temos os fatos sobre Valentim, Jace, Clary e Jocelyn estáveis, ou seja, não muda tanto em relação ao primeiro livro. O que há de original é o roubo da Espada, a visita que os garotos fazem a Corte Seelie (Rainha das Fadas) mesmo que seja perigoso, o inferno que a Inquisidora transforma a vida de Jace (me lembrou uma versão menos malvada da Dolores Umbridge do Harry Potter: #QueÓdio sabe?) e a evolução dos poderes dos "experimentos de Valentim" como a Rainha Seelie se refere a Jace e Clary; sei lá o que ela quis dizer com isso... Provavelmente descobriremos no próximo título.

Clique aqui para ver Cidade do Fogo Celestial.

HORA DO SPOILER - Se você ainda não leu a série, é melhor parar por aqui, ok?

Só eu reparei no comportamento da Inquisidora em relação a Jace durante a batalha no navio logo após ela visualizar a cicatriz no ombro do garoto?? Eu não acredito que sua atitude tenha sido por pena do rapaz, uma vez que Valentim não faz a troca; e nem por remorso por ter se equivocado. Tem coisa ai... 

domingo, 2 de abril de 2017

{RESENHA} Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos - Cassandra Clare

Clarissa Fray e Simon Lewis são melhores amigos e estão se divertindo em uma boate chamada Pandemônio quando ela percebe um casal (um menino de cabelos azuis e uma menina muito bonita) se dirigindo para um local reservado, porém o que a impressiona é ver dois garotos armados com facas brilhantes os seguindo. Curiosa e preocupada, ela percorre o mesmo caminho e chega a um depósito onde flagra o assassinato do adolescente de cabelos coloridos pelos outros três (sim, a menina fora apenas um chamariz). Lógico que ela tenta impedi-los, sabe que deve chamar a policia; no entanto, o corpo desaparece no ar... quando Simon chega com um segurança do estabelecimento, pergunta o que a amiga faz ali sozinha... Em outras palavras, eles não conseguem enxergar o trio ali com Clary... Contudo, eles estão ali bem na sua frente; a questão é: como uma mundana é capaz de reparar no Mundo de Sombras?
Foto: Lu Garcia
Os jovens são Isabelle, Alec e Jace e não são assassinos, são Nephilim (filhos de anjos com humanos), ou seja, Caçadores de Sombras cuja missão é proteger os mundanos (pessoas comuns) dos demônios e outros seres do Submundo que representem ameaça ao mundo como o conhecemos.
Em casa a mãe de Clary, Jocelyn, está agindo de forma anormal, ela parece apreensiva e misteriosa ao avisar para a filha que irão passar o resto das férias no sitio de Luke, o melhor amigo da mãe. Claro que a garota detesta a ideia e sai de casa brigada com Jocelyn. Eis que ela recebe uma ligação da mãe cuja voz está muito nervosa implorando que  menina não retorne ao apartamento, mas ela desobedece e corre para casa; lá descobre que a mãe desapareceu e é atacada por um demônio... Acorda três dias depois no Instituto, um refugio para Caçadores de Sombras, onde Hodge, o tutor de Isabelle, Alec e Jace, conta lhe que sua mãe não é o que diz ser... que ela mentiu a vida toda para Clary...
Minha Percepção - Cidade dos Ossos é o primeiro título da série Os Instrumentos Mortais a qual tem como partida a procura de Clarissa pela mãe. Consequentemente a garota precisará descobrir quais segredos se escondem no passado de Jocelyn e isso inclui saber quem é Valentim, um Caçador de Sombras que todos acreditavam estar morto, o qual provavelmente está por trás do sequestro. Em paralelo, há a busca pelo Cálice Mortal - um dos instrumentos mortais (ao todo são três). Será que uma coisa tem a ver com a outra? Até que ponto a mãe de Clary está envolvida nesta história? Porque Luke, de repente, parece não se importar com o paradeiro de Jocelyn?

Clique aqui para ver Cidade do Fogo Celestial.

No começo da trama eu fiquei um pouco embaralhada, pois há muita novidade para ser digerida de uma só vez. Aos poucos fui me inteirando, conhecendo o Mundo de Sombras criado por Cassandra Clare como, por exemplo, o que é a Clave, o Ciclo, a Ascensão, quem são os Irmãos do Silêncio, as Crianças Noturnas, os filhos de Lilith, o que é Idris, Alicante, as torres demoníacas, entre outros. Com o virar das páginas a gente se acostuma com todos estes termos e a leitura flui ainda melhor. Estou empolgada com a saga, acho que tem muita coisa embaixo do tapete que virá a tona...

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

{RESENHA} A Esperança - Suzanne Collins

Katniss, Gale e suas respectivas famílias estão refugiados no, até então, extinto Distrito 13, assim como outros rebeldes dos demais Distritos e também da Capital. Pessoas diferentes com um mesmo propósito: melhorar a vida dos cidadãos de Panem acabando com os absurdos que ocorrem no país.
A guerra está em curso; O Distrito 12 fora bombardeado imediatamente após o resgate de alguns dos Tributos na arena, Peeta não teve a mesma sorte e acabara nas garras do presidente Snow. Ninguém sabe se ele está vivo ou morto. Não fosse isso o bastante para se preocupar, os rebeldes (e a comandante do Distrito 13, Coin) clamam por um rosto, o rosto que os representará nesta luta, o rosto que dará vida ao Tordo, o rosto de Katniss Everdeen.


Clique aqui para ver Em Chamas.

Foto: Lu Garcia

No entanto, ela não parece convicta a assumir este papel, ela não se sente como uma líder, Peeta é quem deveria ser! Mas não é... E agora ela precisa tomar para si esta responsabilidade e, acima de tudo, não decepcionar quem depositou em sua imagem o último fio de esperança que ainda resta... A única certeza que tem é que matará Snow com as próprias mãos, aliás esta é uma das exigências da garota para se tornar o símbolo da revolta, principalmente quando descobrir o que fizeram com Peeta...

Minha Percepção - A Esperança é a conclusão da trilogia Jogos Vorazes e o melhor de todos na minha opinião. Embora Katniss não aja exatamente como a heroína que todos esperávamos (pois passa boa parte do livro machucada, hospitalizada, sedada ou receosa) consigo compreendê-la e perceber o lado humano da personagem que lida o melhor que pode com as situações adversas, tenho noção de que ela não pediu para ser a protagonista (a população a quer), e sente o que qualquer um de nós sentiria em seu lugar: medo por aqueles que ama, duvidas em relação as atitudes a serem adotadas, desconfiança sobre aqueles que a cercam, etc...

Considero uma boa saga, bem construída, com várias mensagens que permitem o leitor refletir. Gostei da escolha que ela fez no quesito romance, eu torcia por ele desde o início! Mas prepare-se para as perdas, personagens que nos cativam serão baixas de guerra... fazer o quê? É uma distopia!

Pontos sem nó: Fiquei curiosa sobre a mulher que Katniss viu sendo capturada na floresta, quem era ela e o que estaria fazendo ali? Indo para o 13 talvez? Porque fora transformada em Avox (pessoas consideradas traidoras pela Capital cuja língua é cortada)? Para não contar que o Distrito 13 ainda existia? Mas estas são perguntas que somente Suzanne Collins poderia responder.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

{RESENHA} Em Chamas - Suzanne Collins

Quando os Jogos Vorazes se encerram, Katniss se vê segura para sempre da opressão da Capital, como vitoriosa, ficará famosa, rica e dispensada para sempre das próximas colheitas. Mas sua atitude final na arena, a sua tentativa de salvar Peeta Mellark, acabou direcionando a ira dos governantes  de Panem para si mesma e para todos que ela ama, pois aos olhos do presidente Snow, a garota os ridicularizou, acendendo uma fagulha nos Distritos que precisa ser contida antes que se alastre.

Clique aqui para ver Jogos Vorazes.

Foto: Lu Garcia

Para mostrar a ela quem detém o poder, o presidente procura-lhe em pessoa para fazer uma ameaça velada deixando "escapar" que estão ocorrendo motins em alguns Distritos e dando a entender que sabe mais sobre o cotidiano de Katniss do que ela pensa: como as visitas a floresta e seus encontros com Gale, o amigo caçador da garota. Então ela se dá conta de que precisará manter a farsa sobre seu namoro com Peeta para sempre, que talvez um casamento seja a única coisa capaz de reprimir os rebeldes, a única maneira de deixar sua família a salvo da Capital, mesmo que isso implique em ser forçada a ter filhos e vê-los se tornarem peças nos Jogos...

No entanto, a Capital tem seus meios para mantê-la sob controle e de quebra acabar com a rebelião: a cada 25 anos dos Jogos Vorazes há um Massacre Quartenário, como estão completando 75 anos, este será o terceiro Massacre e as regras da vez pegam todos de surpresa quando o presidente Snow anuncia que os Tributos serão escolhidos a partir dos vitoriosos...

Só existe um Tributo feminino vitorioso no Distrito 12... Katniss retornará aos Jogos Vorazes!

Clique aqui para ver  A Esperança.

Minha Percepção - Não é por acaso que o segundo volume fora intitulado Em Chamas, pois é assim que o país se encontra, pois, mesmo sem pretender, a garota deu inicio e incentivo as rebeliões. Como leitora, imaginei-me na situação dos escolhidos, matando meu companheiro de Distrito ou sendo atacada por ele, sendo obrigada a ceifar vidas humanas inocentes que estavam ali por pura falta de sorte... Mas imaginar um segundo retorno, ainda por cima com gente muito mais experiente, com pessoas já idosas (que poderiam ser nossos avós) e conhecidas por Panem inteira foi bem complicado, pareceu-me ainda mais "injusto" - se é que existe justiça em algo assim.

Em resumo, achei este volume mais tenso, misterioso... o suspense por trás do zelo dispensado a Peeta por alguns competidores... o que ganhariam o protegendo? Ou estariam só blefando para ganhar a confiança de Katniss e atacá-los pelas costas? Sem querer dar spoiler: Haymitch vai mostrar que não é só um bêbado e lembrar porque é um dos vitoriosos!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

{RESENHA} Jogos Vorazes - Suzanne Collins

Katniss, sua irmã Prim, sua mãe e seu melhor amigo Gale são apenas pessoas - dentre tantas - que sofrem com a miséria que cerca os cantos do país reconstituído com o que restara do planeta Terra. Panem é uma nação erguida sobre a antiga América do Norte (onde hoje é os Estados Unidos, Canadá e México) após os desastres ambientais, as tempestades, a elevação dos níveis dos mares e a disputa sangrenta pelo pouco de solo que sobrou. Seus domínios são divididos em uma Capital, a qual detém todo o poder, e 13 Distritos, o que promoveu a paz e abundância aos seus habitantes.

No entanto, os Distritos deram inicio a rebeliões contra a Capital cujo resultado fora uma derrota esmagadora que culminou na exterminação do Distrito 13. Como castigo aos demais Distritos e lembrar-lhes que Os Dias Escuros nunca mais devem ocorrer, a Capital mudou as leis que regem Panem e criou Os Jogos Vorazes, uma espécie de reality show exibido ao vivo pela televisão. Todos os cidadãos são obrigados a assistir.

Foto: Lu Garcia

Funciona assim: todo ano uma menina e um menino entre 12 e 18 anos, de cada Distrito, são sorteados para competir nos Jogos. Os 24 eleitos são denominados Tributos, sendo que voluntários podem se oferecer para participar no lugar dos escolhidos. É feito um implante subcutâneo nos concorrentes a fim de identificá-los e rastreá-los dentro da arena, onde são aprisionados e expostos a fome, frio, calor excessivo, ataque de bestantes e etc, para matar um ao outro. Isso mesmo é MATAR ou MORRER. O último sobrevivente será o vitorioso, receberá fama e riqueza além de ser dispensado para sempre de participar dos Jogos.
Chegou o dia da colheita, o dia em que a Capital levará as crianças dos Distritos para se digladiarem até a morte. Eis que Primrose Everdeen, de 12 anos, é o Tributo feminino indicado. Sem pensar duas vezes, Katniss se voluntaria na tentativa desesperada de salvar a irmã desse show de horrores. Porém, ela sabe que essa tarefa não será fácil, afinal precisará se tornar uma assassina fria e calculista se quiser sobreviver e voltar para sua família.

Clique aqui para ver  A Esperança.

Minha Percepção - Confesso que estava subestimando a trilogia ao iniciar a leitura, que bom estar enganada! Suzanne Collins explora o lado obscuro dos seres humanos, não poderia ser diferente, é uma distopia. Em contrapartida, sabe descrever com eficiência os bons sentimentos que habitam seus personagens principais, especialmente Peeta, o Tributo masculino eleito no Distrito 12. Embora existam momentos onde Peeta demonstra amor por Katniss, romance não é o ponto alto desta narração uma vez que eles estão na arena para matar os demais participantes e um ao outro... só haverá um vitorioso, essas são as regras!

Mesmo que a autora não tenha definido uma data é possível notar que a história ocorre no futuro, depois de muitos e muitos anos de poluição e desmatamento causados por nós hoje. Foi exatamente isso que mais me marcou neste livro: o fato de sermos os responsáveis pela fome, miséria e opressão de nossos filhos, netos, bisnetos se não tomarmos consciência de que a natureza está se esgotando e que alguém pagará por isso, provavelmente não será a nossa geração, mas a de nossos descendentes. Ou seja, Suzanne Collins chama a atenção, também, para os problemas ambientais, além da falha de caráter e futilidade do ser humano ou dos horrores que a Capital impõe aos Distritos.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

{RESENHA} Por um Fio - Drauzio Varella

Drauzio Varella é um médico oncologista reconhecido por seu ofício e frequentes aparições na mídia (sem mencionar os livros publicados). Neste título ele narra o comportamento de seus pacientes, bem como de seus acompanhantes e / ou familiares, ao receber o diagnóstico de uma doença grave ou incurável. Alguns enfermos reagem com resignação outros com desespero e incompreensão, sentem-se injustiçados por serem a próxima vítima do câncer, já entre os parentes há de tudo: aquele que sofre junto com o doente, o que faz todo o possível pelo seu bem estar e qualidade de vida indo até o descaso e abandono total.

Foto: Lu Garcia

O médico conta como todas essas histórias e experiências mudaram a sua forma de ver e sentir a existência humana. Para ele a morte é a "ausência definitiva" e tomara consciência disso após o falecimento de sua mãe, aos quatro anos de idade. Drauzio Varella também percebeu que alguns dos seus pacientes não só tinham noção de que suas vidas estavam chegando ao fim, como aceitavam e decidiam viver o mais intensamente quanto fossem capazes, encontrando novos sentidos para a vida e se tornando mais felizes do que antes. Então ele se pergunta; ''será que com esforço não consigo aprender a pensar e a agir como eles enquanto tenho saúde?

Essa é uma excelente questão a ser refletida, não acham?

Minha Percepção - Recomendar este livro é algo que faço sem exitar, pois trata-se de uma leitura leve, fluida e significativa, seja você um médico ou não, tenha você pretensão de cursar medicina ou não. Aliás, acho que todos os médicos deveriam ler Drauzio Varella, primeiro para que possam entender melhor as preocupações e angustias dos pacientes para, posteriormente, compreender que sua função não é exatamente curar (como afirma Drauzio em alguns trechos de suas crônicas) e sim aliviar as dores insuportáveis dos doentes, proporcionando bem estar até seus últimos dias de vida.